Medicina Nuclear

A Medicina Nuclear é uma especialidade médica de diagnóstico por imagem que utiliza in vivo pequenas doses de substâncias radioativas, os radiofámacos, os quais são captados por órgãos ou células específicas do organismo humano. Do interior dessas estruturas, os radiofármacos emitem sinais que são captados por um aparelho chamado Gama Câmara, possibilitando a construção de uma imagem. Este estudo é entao denominado Cintilografia, um exame nao invasivo, desprovido de riscos para o paciente e que utiliza doses extremamente baixas de radiação (menos que uma Radiografia simples de torax).

O principal objetivo deste exame é a avaliação funcional dos diversos órgãos e tecidos do corpo humano. Como a maioria das patologias altera primeiro a função para depois alterar a anatomia, a Cintilografia tem, em geral, uma maior sensibilidade para detectar doenças em comparação com outros métodos diagnósticos. Isto significa uma chance de se fazer o diagnóstico precoce de muitas patologias, possibilitando um tratamento mais simples e eficaz.

Além da área de diagnóstico por imagem, a Medicina Nuclear realiza também alguns tipos de terapia e marcações para cirurgias radioguiadas. Dentre as terapias, destaca-se a Iodoterapia, utilizada para tratamento de patologias tireoidianas como o hipertiroidismo e o câncer de tireóide, e tambem o tratamento com Samário-153 para dores ósseas de origem tumoral. Com relação às cirurgias radioguiadas, a Medicina Nuclear promoveu uma verdadeira revolução no tratatamento de determinados tipos de tumores como o câncer de mama e o melanoma, propiciando cirurgias menores e menos agressivas com resultados ainda mais seguros.

Com as inovações tecnológicas que não param de avançar, já se vislumbra que a Medicina Nuclear possibilitará, em breve, o diagnóstico e o tratamento de patologias ao nível intracelular, tornando-se uma ponte para o entendimento da relação entre a genética e o metabolismo celular. Essa será a Medicina do futuro.